quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Cotidiano



“Por favor, não me peça para denunciar aqueles homens! O que eles fizeram foi de uma frieza irreconhecível, mas os deixem partir... Não há mais lugares que possamos colocá-los, não temos mais espaços. Acontecem tantas coisas piores e isso diante de alguns fatos pode passar a despercebido. Eu sei que isso que me arrisco a pronunciar é deprimente, mas fazer o que... O sistema está opressor e as ordens são expressas: FAÇA O QUE FAZEMOS HÁ MUITO TEMPO!”

A cada dia que passa é isso que vejo... Desculpem, mas me pus a colocar esse trecho como uma forma de explicitar o quanto estamos totalmente perdidos...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Subentendimento

Simplesmente tácito.
Manias profundas pedindo para o meu Eu senti-las
Protegendo o que há de vivo no nosso peito
Para que um dia tudo que se fora volte mais engenhoso.

As minhas habilidades perfuraram alguma coisa lá fora...
Não sentir a dor... Eu ouvi os gritos!
Eu senti pela ausência do silêncio que sempre pairava num instante anterior.

Mas era o meu momento, era a sorte batendo na minha porta;
Eu não queria que ela estremecesse minha insegurança,
Acreditava que estivesse sólida, adormecida, mais que permanente...
Nos meus percursos era somente uma música que ouvia.

Será que o meu despertar era a prova das minhas ilusões vividas?
Minha instabilidade aflorou quando eu não queria, eu nunca quis...
O que será do meu Eu agora?

A mais pura verdade é que não conheço meus instrumentos de luta...
A guerra já se fazia presente, mas a minha ausência era presentificada.
Ela persistia ao passo que meu orgulho dizia que a fraqueza era constante.
Permitia-me pensar, porém sem me encorajar.

Hoje é mais um dia, um dia diferente.
Hoje é um grande dia, um dia que pode ser único.
Hoje pode ser a minha verdadeira imagem.

Exijo de mim uma nova postura que pode valer à pena;
Sei que pensamentos são frutos de energias canalizadas,
Mas são as minhas ações diante do que existe que farão do Eu algo que não é agora.
Eu preciso suspirar em liberdade, eu necessito...

Desembarquei do meu mundo, da minha covardia, e nesse instante um passo já foi dado.
Minhas malas mudarão de peso, de cor, de validade... Mudarão em suma honra.
Honra essa que a mim dei a vez de honrar.

Os instrumentos do meu Eu estão em escassez, eu sei...
Mas os gritos lá fora já não são somente dos outros...
Eu estou aqui fora também, não só ouvindo, mas vendo, porque senti eu sempre sentia.
Hoje e agora EU assumo o que posso fazer sem medo da guerra... Grito para o mundo assumindo as batalhas que há em mim mesmo.

Essa liquidez é o meu presente.
A inconstância é a minha honra.
E a minha essência é a mais pura realidade da ilusão que me sustenta...

Eu estou aqui para viver e ver no que vai dar Essa rotina de sonhos e apagamentos De colocar o medo antes de tudo Antes de resp...