domingo, 30 de novembro de 2008

Será Possível Caro Amigo?!

Estou aqui somente de passagem. De qualquer sorte só estamos de passagem no mundo, mas qualquer estada que seja, amarga ou doce, ou os dois são de tamanha complexidade. Muitas vezes me pego angustiado com a existência de uma objetividade, porque, afinal de contas, não podemos “viajar” todo o tempo, precisamos manter os pés no chão, nem que seja um dedo. Falamos tanto de subjetividade que, às vezes, esquecemos que a objetividade é a arma mais subjetiva em determinados momentos. Até um simples “não” pode ser alvo de grandes indagações, um simples “sim” pode matar milhares de pessoas, isto é, não se pode separar o meio do fim nesse sistema recursivo. Estava conversando com um caro amigo nos dias passados e ele me pediu que falasse sobre a vida de forma objetiva. Bem... me propus a falar sobre ela nesse viés, mas depois me peguei num curto circuito com a minha própria visão de objetividade, pois acreditava que ela fosse bem mais objetiva... De certo, debrucei-me sobre essa possibilidade, agarrando-me na esperança de que as relativizações fossem mais simplórias, e de início estava com o barco somente na direção de uma visão objetiva, tentando perceber a vida sob esse prisma. Então comecei analisar dessa forma a vida, e aqui trarei essa análise objetiva.

Às vezes as pessoas reclamam de que não sabem lutar contra as adversidades sem saber que isso é um critério para o nascimento. Desde que nascemos enfrentamos o mundo jogando a todo o tempo. E nesse percurso vamos aprendendo a lidar com um sistema que já existe, ele nos molda, nos lapida, nos faz egocêntricos mesmo dizendo que nunca fomos. A vida é uma escola que não nos ensina nada, ela nos dá o que precisamos para significar as coisas, dar sentido a isso que somos... a vida é o tempo de tudo que há. Perdemos um outro, somos derrotados pelas coisas, levantamos a cabeça, para alguns muitas vezes ela nunca mais se levanta... é esse conjunto de emaranhados onde buscamos dar sentido a tudo que nos cerca, por mais que não consigamos fazê-la. Andamos a 300 km, às vezes corremos a 1 , é a ambição misturada com coisas que nem sabemos o que é. Objetivamente, para mim, a vida é...

Nesse momento tinha parado por me sentir impotente de não descrever a minha objetividade, por não entender a objetividade da vida. E com isso percebi que o ser no mundo independe de determinados conceitos... Precisamos refletir que nunca saberemos a totalidade das coisas, mesmo quando o fim pareçe estar sempre mais próximo. Talvez não tenha sido nem um pouco objetivo, peço desculpas ao meu caro amigo, são coisas da vida. Mas, pensando bem, fiquei muito feliz com isso... Compreendi que olhar a vida de forma objetiva é um tanto subjetivo, pois a objetividade do mundo é uma característica subjetiva da vida.

Um comentário:

..... disse...

caro almerson,

Só pontuando,

você não foi objetivo nem um pouco,rsrs,
acredito que seu amigo para quem você escreveu essas palavras "objetivas" certamente não está satisfeito, de fato, não há como falar de objetividade uma vez que somos da ordem do simbólico, talvez se fôssemos cachorros, ou macacos ou ratos, aí sim seríamos objetivos, ou seja, a vida seria apenas cumprir a determinação biológica.

Eu estou aqui para viver e ver no que vai dar Essa rotina de sonhos e apagamentos De colocar o medo antes de tudo Antes de resp...