sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Desconhecido

O coração acelera, o ódio aparece, as lágrimas caem e o corpo agradece. Um dia todas as coisas jamais serão apartadas... Apesar de separarem os bodes das ovelhas, nada se torna tão sentimental do que o construir do próprio sentimento. A natureza nos diz um “Oi” assim que meus olhos avistam um novo horizonte, me propõe um “Abraçar” sobre diferentes dimensões. Porque tudo é tudo quando o nada não está presente, pelo menos são o que minhas sensações gritam. Sim! Meu coração bate, acelera, sufoca, o peito aperta, algum fato se comunica com esse meu pulsar e revela a extrema dependência de um outro Eu. Somos fenômenos complexificados, sentimentais, naturais, cruéis, surreais... Esse revelar indica o aparecimento de novas existências, resultado da nossa incessante busca pelo descoberto, uma paixão arrebatadora que estraçalha com os nossos sentimentos. Pensadores são os que também sentem... Nada por fazer se torna tão prazeroso e intenso como a arte do sentir. Indiscutível são as nossas crenças e a senhora dialética batiza todos que são humanos. Conjunto de sensações, emoções, enfim, vulcões... Vulcões em erupção... As larvas se expelem a partir de um corpo que deseja, por vezes rústicos... São nossos corpos... Não existe o “Não ver” dos pólos de atrações, eles nascem do que são opostos, eles se atraem, mas também se repelem. Talvez nada seja por acaso, porém hão de persistirem forças que se encontram, surgindo inúmeros “Big Bangs”, provenientes de demasiadas cabeças pensantes, tudo num caos duvidoso... Caos de verdades. Todos os confrontos geram conflitos existenciais humanos, dentro de um círculo originalmente duvidoso. A racionalidade aparece por supostos sábios, procurando dar sentido a essa constante incerteza... Uma catarse. Pela base do oculto, as representações simbolizam a luta pelo poder. O sistema encobre, retoca, mascara o que é monstruoso. O que provoca medo transforma-se no Belo, de fora extremamente sutil. Realmente, a todo o tempo, se separa os bodes das ovelhas, e nem se quer percebemos o que vem de nós. Preferimos lutar com os leões... Os leões não pensam, eles devoram... Tudo é realidade quando nos convence; o candieiro ilumina os mais diversos lugares, mas fechamos os olhos diante de um mundo onde somos apenas insetos... A racionalidade humana nunca será o que o sentimento é, toda a percepção concretiza e agoniza os sintomas corporais, sintomas da alma... Nossos sentimentos, apenas...

Um comentário:

..... disse...

E aí meu caro,

De fato esse desconhecido nos acompanha, ou seja, tudo aquilo que nos escapa...

Abraço!

Eu estou aqui para viver e ver no que vai dar Essa rotina de sonhos e apagamentos De colocar o medo antes de tudo Antes de resp...