quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Coisas...



Eu pensei que a minha coragem pudesse desbravar alguma coisa aqui dentro.

Eu pensei que as minhas palavras traduzissem um pouco do inesgotável, que fizessem de mim alguma coisa capaz de me trazer de volta.

Eu pensei nas infinidades de caminhos que colocassem a prova uma esperança qualquer, e ao chegar a hora, nada se quer.

Eu sinto um vazio de emoção em alguma parte do corpo, talvez previsível pela minha real condição, o que não denota medo, mas um turbilhão de outras coisas...

Coisas que perturbam outras reais esperanças, fazendo-me refém de alguma coisa que procuro entender, mas não consigo sentir.

Eu pensei que fosse capaz de encontrar alguma maneira para sustentar a minha condição insustentável de ser, mas acabei na mais verdadeira ilusão das minhas palavras: não se pode confiar tanto quando se trai a si mesmo.

Encontro-me na confusão da vida, mas não me vejo fora dela. Não sei o que se passa aqui dentro, mas sei que sinto sem saber...

O meu vazio está cheio de outras coisas que gosto, mas que não bastam. Na verdade a minha cabeça já não agüenta tantos símbolos, o espaço está acabando, é muito peso.

Eu pensei que a minha esperteza fosse o suficiente para suportar a minha fraqueza, porém sem elas nada sou. As minhas fraquezas são a base para a minha permanência no mundo, sem elas não há caminho de sucesso, nem tão pouco de uma felicidade ilusória.

Eu pensei em tudo que sinto, mas o não dito existe.

Eu pensei em dizer o não dito, mas ele já se vai nas idas e vindas do nosso existir.

Um comentário:

Mari disse...

Quando é que vai publicar isso Al? É obrigação sua!! Está ótimo!!

Eu estou aqui para viver e ver no que vai dar Essa rotina de sonhos e apagamentos De colocar o medo antes de tudo Antes de resp...