Eu
estou aqui para viver e ver no que vai dar
Essa
rotina de sonhos e apagamentos
De
colocar o medo antes de tudo
Antes
de respirar.
Eu
quero só ver no que vai dar
Essa
vontade absurda de ter seu canto
De
ter o seu espaço
Mas
cadê o seu corpo?
Quem
é você?
Mataram
o nosso nome.
Jogaram
ao vento.
Eu
quero só ver
Que
caminhos a gente pode percorrer
Se
os pés estão cansados de correr descalços
E
o meu nome ficou para trás.
Eu
quero ainda ver
Que
esse corpo cansado há de sonhar
No
chão quente que as águas passam
E
cicatrizam as feridas da alma.
Eu
quero a ponta do mundo
Para
brincar de chacoalhar
Reordenar
as histórias
E
bagunçar o princípio dos afetos que não nos ajuda a viver.
Eu
quero ver
Se
o tempo agirá sobre nós
E
restituirá o nosso passado
Restituirá
o meu nome?
Eu
quero ver o que a encruzilhada me revela
E
se não consegui enxergar
Ficar
bem com isso.
Meu
nome é um corpo em memória
É
um Ori
É
uma moldura que não cabe em mim
É
um rastro inacabado
É
uma vida toda.
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